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Vivências e relatos na ocupação de espaços

2018

Fui bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), sob coordenação do professor Arthur Leandro, em 2018, para a realização de um projeto educativo na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Mário Barbosa.

A partir de discussões iniciadas sobre a ausência feminina no percurso da história da arte, percebemos que a maior parte da turma era composta por mulheres e alunos negros, sentimos então a necessidade de tratar sobre estes temas.

Entretanto, havia uma dificuldade: como abordar este assunto sendo que os dois bolsistas eram homens? Optamos por adotar uma posição de escuta na qual deixamos que as alunas conduzissem o processo, as que se sentissem à vontade para participar. Ficamos ali, então, como mediadores. Já para os meninos, pedimos que conversassem com mulheres próximas da família e nos contassem o que lhes foi dito. 

Como procedimento metodológico, foram utilizadas rodas de conversa, nas quais inicialmente fazíamos a leitura coletiva de um texto e depois discussões em conjunto com a turma. A partir das vivências e relatos das alunas, muitos ocorridos na própria escola, deram-se os desdobramentos das discussões sobre machismo. A mesma metodologia foi adotada para questões envolvendo temática racial.

Desse modo, após fazermos oficinas sobre stencil e misturas de cores, juntos iniciamos a ocupação de um espaço abandonado na escola com uso de frases já ouvidas pelos próprios alunos.

Quando perguntamos à turma o que acharam do projeto, deram um retorno positivo e disseram que nunca haviam debatido temas como esse em sala de aula.

Nossa ideia era que os alunos produzissem um lugar para eles próprios, para o seu convívio, e que durasse não somente o tempo do projeto, mas que ficasse como legado para a escola, cabendo aos próprios alunos a manutenção dele. Não havia uma finalidade específica para o espaço, poderia ser usado para atividades extra classes.

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