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Vir a ser (2019)

Desde a chegada dos portugueses, um doloroso processo de nova formação da sociedade foi estabelecido no Brasil. Dessa forma, o multiculturalismo presente no país tem raízes no sofrimento de nossos antepassados. É nesse cenário que o processo de miscigenação é mostrado como mais uma das desumanas situações impostas aos africanos e indígenas escravizados. Tal processo hierárquico entre as raças estabeleceu um sistema complexo que ainda hoje é muito forte. É nesse contexto que a série Vir a ser apresenta recortes da formação social brasileira no que envolve miscigenação, identidades e fragmentação. Utilizo como suporte o papel kraft, também chamado de papel pardo, para suscitar tais questões que envolvem a complexidade do termo pardo, bem como o uso do autorretrato por me ver desde a infância nesses conflitos identitários.

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Fotografia sobre papel pardo

A série é composta por 6 imagens em tamanho A4 (21 x 29,7 cm), cada uma em moldura separada.

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