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           Bordando futuros possíveis

2019

Bordando futuros possíveis foi uma oficina ministrada na Associação Fotoativa durante a exposição A Volta de Fordlândia para a 26ª edição do Projeto Circular Campina, o qual se trata de ações socioculturais nos bairros históricos da cidade de Belém, realizadas a cada dois meses, com o objetivo de que o público conheça espaços culturais e participe de ações, oficinas, shows, visitas guiadas entre outras atividades.

A oficina foi inspirada na obra Bandalhas, de André Parente, um dos trabalhos que compunham a exposição, na qual ele cria bandeiras do Brasil com traços feitos a partir de frases bordadas que foram ditas por figuras chave em recentes períodos da política brasileira, como a construção do golpe de 2016, o processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff e pelo então deputado Jair Bolsonaro. Frases como “o erro da ditadura foi torturar e não matar” nos faz questionar e refletir muito sobre o tipo de ideias das pessoas que estão à frente dos grandes partidos políticos e que tomam decisões que geram grande impacto em nossas vidas.

Pensando nisso, apoiamo-nos na proposta da abordagem triangular, sistematizada por Ana Mae Barbosa, a qual sugere que a arte seja tratada a partir de três eixos principais: ler obras de arte, contextualização e o fazer artístico. Trabalhando esses três caminhos se tem um ensino da arte que avalia sua extensão, interdisciplinaridade e reflexão crítica. Por conseguinte, a proposta da oficina era de que os participantes começassem apreciando a obra e, sempre tendo espaço para falar, fossem instigados a pensar sobre estas questões políticas que vivemos. Após reflexões conjuntas sobre o presente do Brasil, bem como o ensino de pontos simples de bordado, cada um dos participantes foi instigado a criar uma bandeira tendo como ponto norteador futuros possíveis para o Brasil.

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