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Casa amarela dentro do beco (2023)

Saí de Belém para Florianópolis em decorrência de aprovação no mestrado em Artes Visuais. Meu intuito era morar próximo da Universidade e pelo menor preço possível. Assim, depois de alguns dias já morando na localidade, vi o ônibus que descia o morro e o nome da rua numa placa, então, me atentei: eu morava no Morro do Quilombo. 

Fiquei intrigado de, na região mais embranquecida do país, eu morar em um lugar chamado quilombo.

Ao chegar ao Morro do Quilombo, logo me chamou atenção ver moradores majoritariamente negros ao redor, bem como o antagonismo de descer para a universidade e me deparar com maioria de pessoas brancas, ainda que sejam poucos metros de separação entre as localidades.

Percebi que em cada casa do conjunto de kitnets que eu morava havia pelo menos uma pessoa negra. Assim, iniciei conversas e registros  com atuais e antigos moradores, de forma que registrasse seus cotidianos frente às subidas e descidas na cidade. 

 

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Fotografia, 2023.

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